quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Charlie Papazian na Bamberg.



Para fechar o ano com chave de ouro tivemos mais uma importante visita no Brasil e na Bamberg, desta vez foi o presidente do Brewers Association, Charlie Papazian.

A associação americana é responsável por promover a cultura cervejeira em seu país através de várias ações, sendo que a maior delas é o World Beer Cup, competição que acontece a cada 2 anos e reúne cervejas do mundo todo.

Quem acompanhou o Charlie na visita cervejeira pelo território nacional foi o Marcelo Carneiro, não poderia ser outro, além de nosso amigo ele é proprietário da Cervejaria Colorado, uma aliada nossa na divulgação da boa cerveja.

Tivemos este ano ilustres visitantes da Europa e dos Estados Unidos, isto demonstra o cenário cervejeiro atual no Brasil, estamos começando a fazer cervejas boas, além do freqüente intercambio que fazemos nos paises cervejeiros, com isso atraímos a atenção dos experts mundiais. Estamos apenas começando, o caminho ainda é duro e longo, mas estamos aqui pra isto mesmo. Uma coisa já conseguimos, fazer os gringos falarem palavras como Votorantim, Sorocaba, Picanha, Ribeirão Preto, Belo Horizonte, etc.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

4 anos da Bamberg

No dia 18 de dezembro de 2005, foi colocado o primeiro saco de malte na tina de mostura da Cervejaria Bamberg, era um domingo e participaram desta data histórica Alexandre, Thiago, Matthias Reinold, Mateus e Marcio.

Primeiro saco de malte. Eu sei, eu tinha mais cabelo que hoje, é a cervejaria.

O objetivo desde o começo foi fazer cerveja de qualidade, mas confesso que naquele dia nenhum de nós sabíamos como seria aquela cerveja, ou mais, o que seria a Bamberg.

Foi uma receita de cerveja Pilsen e desde então já pude começar a aprender o que é trabalhar numa cervejaria artesanal, domingo é dia de trabalho. Uma curiosidade foi que no final da segunda batelada houve uma queda de energia, a primeira de muitas que ocorreram, ocorrem e ocorrerão, o mosto ficou por volta de 3 horas parado na tina de fervura e terminamos o cozimento na segunda-feira de madrugada.

Vieram muitas outras cervejas, Weizen, Munchen, Alt, Kolsch, Bock, Schwarz, Rauch, Tcheca, Saint Nicholas, Uno, Vintage, Weizenbock, se não esqueci de nenhuma são essas, por enquanto, se deixarem nós lançarmos mais...

A Bamberg em 2006, muito espaço pra trabalhar.

O primeiro ponto de venda de chope da Bamberg foi o Komaki em Votorantim, infelizmente não existe mais, depois vieram o Fritz e o Columbia que somos parceiros até hoje, logo nosso chope chegou em São Paulo, e entrou pela porta da frente, logo no respeitado restaurante Café Journal, daí vieram tantos outros que optaram pela qualidade e por ter um produto artesanal e “exclusivo”.

Ao longo desses quatro anos fomos aos poucos sendo reconhecidos como sinônimo de qualidade, primeiro foi o teste cego do Paladar, em maio de 2008, que como conseqüência começamos a envasar cerveja em garrafa, em 2009 tivemos duas gratas surpresas, um de nossos objetivos que era ser reconhecido mundialmente pela nossa qualidade foi alcançado com a medalha de prata do European Beer Star 2009, na categoria Smoked Beer, com a Bamberg Rauchbier, logo em seguida veio o prêmio de produto do ano, também do caderno Paladar do jornal O Estado de São Paulo.

Hoje sabemos que a função da Bamberg não é apenas fazer cerveja, mas sim transmitir à população brasileira a cultura cervejeira, fazer produtos que ainda não são comuns em nosso país, colaborar com o turismo na nossa região e desbravar um caminho cervejeiro que esta apenas começando no Brasil.

A Bamberg em 2009, ta apertado.

A Bamberg é uma cervejaria que faz o que fala, estamos sempre de portas abertas às visitas e todos vêem nossas matérias-primas e nosso processo de produção, não investimos em marketing, investimos no produto.

O que a cervejaria nos trouxe de mais importante foram nossos amigos, ao longo desses anos a maioria de nossos clientes e fornecedores se transformaram em amigos, e não tem jeito mais fácil de se fazer amizade do que tomando uma boa cerveja, eles, somado a excelente equipe que me auxilia construíram a Bamberg, obrigado a todos.
É apenas o começo.

OBS.: Vai ter festa? Não, ta uma loucura aqui, acabou chope, cerveja, tudo, minhas costas ta doendo de tanto carregar barril, ta todo mundo no limite, dezembro é assim, prometo que no ano que vem faremos uma festona pra comemorar cinco anos.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Bamberg no programa Audio Papo



No dia 4 de dezembro foi ao ar uma entrevista minha na Radio Usp FM 93,7 MHz para quem esta em São Paulo (Capital), no programa Áudio Papo, gravado no Bar Anhanguera.

Alguém poderá perguntar, por que eu demorei pra postar o programa? Reposta simples, é dezembro, ta uma correria.

Segue abaixo o link do programa, vale a pena ouvir:

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Aula de cervejas especiais.



Ontem eu tive a oportunidade de dar 2 aulas no Espaço Tomazoni em São Bernardo do Campo, respeitada escola de gastronomia da Ana Maria Tomazoni e do Hermes Tomazoni.

Os alunos são futuros profissionais da área, donos de restaurantes, quem tem como hobby cozinhar e nutricionistas, o legal foi que para a grande maioria foi o primeiro contato com cervejas especiais, ou seja, mais uma semente plantada.

Se as microcervejarias pretendem aumentar a participação no mercado devemos buscar estas pessoas, pois eles estão procurando produtos de qualidade, basta informá-los sobre as nossas cervejas.

Gostaria de agradecer a todos que participaram da aula, pois mesmo com o caos da chuva eles se esforçaram para chegar a escola, também devo agradecer ao Hermes e a Ana Maria por abrirem as portas para a cerveja artesanal na escola deles.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Conrad Seidl na Bamberg

Parece que ultimamente o Brasil esta sendo descoberto pelos especialistas de cervejas do mundo, nestes últimos anos frequentemente estamos recebendo visitas de experts do exterior, isto graças a freqüente evolução das cervejas artesanais brasileira.

Desta vez foi o jornalista cervejeiro Conrad Seidl, austríaco, escreveu vários livros sobre cerveja, viaja o mundo visitando, bebendo e fazendo qualquer coisa relacionada a cerveja, passou o dia aqui na Bamberg degustando cervejas, dançando com nosso Papai Noel e passando todo o seu conhecimento sobre cervejas e cervejarias.


Além do Conrad, quem estava acompanhando a visita foi nosso amigo Marcelo Carneiro, da cervejaria parceira Colorado.

Para fechar o dia com chave de ouro fomos almoçar (as 15h, talvez almojanta) no Picanha da Vila, restaurante que fica no Éden que tem uma comida tradicional brasileira, picanha, arroz, feijão, polenta e mandioca fritas, farofa e salada, todo isto harmonizado com o chope Rauch da Bamberg.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Votoraty é campeão!!!!!!!


Hoje vou ter que falar de futebol.
O Votoraty goleou por 5 a 1 hoje de manhã o Paulista de Jundiaí e conquistou a Copa Paulista, mas o mais importante é que este título dá o direito de disputar a Copa do Brasil em 2010.
Já podemos prever, o próximo passo a libertadores e em seguida Tóquio, campeão do mundo.
Parabéns a toda equipe do Votoraty.

No site do jornal Bom Dia tem a cobertura completa do jogo.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Mais um Kebabel

Ontem começou a funcionar mais um espaço dedicado a boa cerveja em São Paulo, é o Kebabel 2, na Rua João Moura, 871; além de várias cervejas nacionais e importadas eles servem o chope Bamberg Pilsen sem filtrar e neste mês o Bamberg Rauchbier.
Em um ambiente claro, arejado e com uma decoração muito bonita, podemos beber cerveja de qualidade, comer comidas e petiscos excelentes e ainda contar com a simpatia do Pedro e da Carol, proprietários da casa.
O Kebabel 1continuará funcionando normalmente na R. Fernando de Albuquerque, 22.
Peço desculpas por não ter fotos do local, pois ontem me empolguei com o chope e os petiscos e acabei esquecendo de documentar a inauguração, mas algumas semanas atrás até o blog do Bob estava com alguns posts sem fotos, então to perdoado.
Mais informações http://www.kebabel.com.br/

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Aniversário do Melograno

Se eu dizer para vocês que ontem eu almocei comida nordestina, com cerveja e samba, qual é a imagem que lhes vem a memória?
Calma, antes de qualquer resposta me deixe explicar.

A forneria Melograno comemorou ontem seu primeiro aniversário e eles tem muito o que festejar, em um ano ganharam muitos prêmios, sendo o mais importante como melhor carta de cerveja de São Paulo, segundo a Veja, é claro que lá tem todas as cervejas em garrafa da Bamberg, além dos chopes Bamberg Pilsen e Weizen, e mais uma variedade de 150 rótulos.


A comida nordestina ficou por conta do excelente chef Rodrigo Oliveira, do restaurante Mocotó.
Mas ontem o ponto alto não foi o chope nem a comida, a Bamberg e o Rodrigo que me desculpe, mas a música foi imbatível, quem deu a canja foi Martinho da Vila e Paulinho da Viola, cantando a não mais que um metro e meio de distância de nós, um de cada vez sem acompanhamento de conjunto, deram um show.






Parabéns aos Melogranos: Edu, Lê, Bento, Ismael e Fábio, ontem eles nos proporcionaram um domingo de boas cervejas nacionais, comidas de alto padrão e música brasileira sem comentários. Inesquecível.

Mal posso esperar pelo aniversário de 2 anos.

domingo, 4 de outubro de 2009

Mais um prêmio!!!!!!!!!!!!!!!!!

Exatamente uma semana depois de ganharmos medalha de prata no European Beer Star com a Bamberg Rauchbier, ontem conquistamos mais um prêmio.

Foi o Prêmio Paladar 2009, na categoria Produto do Ano. O caderno Paladar do jornal Estadão, premiou os melhores restaurantes da cidade de São Paulo, e no final da premiação a cerveja artesanal ganhou o prêmio de produto do ano, e para representar a cerveja artesanal foram escolhidas as cervejarias Bamberg, Colorado e Falke, representadas por Alexandre (eu), Marcelo Carneiro e Marco Falcone, respectivamente.

Devo avisar que não estou mais na idade para tantas emoções em tão pouco tempo, foi muito legal esta homenagem, melhor ainda comemorar junto com os outros dois amigos cervejeiros, acredito que este foi um marco na história da cerveja artesanal no Brasil, receber o reconhecimento de um jornal com a credibilidade do Estadão faz com que outras pessoas que nunca escutaram falar em cerveja artesanal comecem a prestar atenção em nós. Vale ressaltar que o Paladar sempre abriu espaço para a boa cerveja, tem até um jornalista especialista no assunto, o Roberto Fonsceca, que traz sempre a cultura cervejeira no caderno que é publicado toda quinta-feira.


Para nós da Bamberg, Colorado e Falke foi um reconhecimento de um trabalho que estamos fazendo ao longo destes anos, somos cervejarias pequenas e independentes, onde fazemos nossas cervejas para pessoas que estão dispostas a novidades, inovando ou buscando as raízes, sempre utilizando excelentes matérias-primas, sem utilizar conservantes, corantes, anti-oxidantes, enzimas, etc. Além disso, fazemos um trabalho de formiguinha na divulgação da cultura cervejeira, conscientizando nossos clientes sobre o diferencial de nossas cervejas. Somos artesanais porque quem faz cerveja na nossa cervejaria é o cervejeiro e não o departamento de marketing ou o financeiro.

O Papai Noel chegou mais cedo na Bamberg!!!!!

No dia 18 de novembro de 2009, foi o dia mais importante até agora na história da Cervejaria Bamberg, a Bamberg Rauch bier ganhou medalha de prata na categoria Smoked Beer, em uma das maiores competições cervejeiras do mundo, o European Beer Star, são mais de 800 cervejas vindas de 36 paises, avaliadas pelo aroma, cor, sabor, características gerais, tudo isto relacionado ao seu estilo.
Vale ressaltar que é um teste cego, ou seja, os jurados não sabem as marcas das cervejas que estão degustando, o que torna a competição mais justa, os jurados são pessoas bem treinadas e especialistas.
A competição acontece em Munich e Nuremberg, na Alemanha, por isso, não poderia ser melhor, ganhamos medalha em uma categoria tradicional da Francônia, uma cervejaria no Brasil, com nome da cidade onde tem como cerveja símbolo as Rauch, é como ganhar um título na casa do adversário.

Esta conquista mostra a nossa evolução, em 2008 a Bamberg Pilsen foi eleita pelo jornal O Estado de São Paulo a melhor pilsen artesanal brasileira e agora em 2009 ganhamos este prêmio internacional.



Uma medalha com tanta importância não se conquista sozinho, desde o começo tenho como sócios meus irmãos Thiago e Lucas, e nada teria acontecido se não tivéssemos o apoio de nossos pais Luiz e Magda.

A alta qualidade de nossos produtos só acontece pois tenho uma excelente equipe que me auxilia e graças a dedicação de todos o resultado final não é apenas a cerveja no copo, mas um produto com alma, por isso devo agradece-los:

Obrigado Janaína, Luciana, Cristiane, Fábio, Alberto, Cristiano, Marcos, Reinaldo e Ricardo, são vocês que fazem a Bamberg.

Este foi um objetivo alcançado, mas não o último, agora a cobrança aumenta e vamos trabalhar para que nossa qualidade continue aumentando a cada ano.

Junto com o prêmio do European Beer Star, a cervejaria Bamberg recebeu uma homenagem dos nossos amigos da Weyermann, da cidade de Bamberg, o Jürgen Buhrmann, representando a maltaria, me deu uma placa em comemoração a medalha da Bamberg Rauchbier e as contribuições nossa a cultura cervejeira mundial, foi uma honra receber esta homenagem de pessoas que contribuem ativamente a cultura cervejeira.


Acabou o sofrimento.

Dia 06 de novembro de 2009, começa hoje uma nova fase das cervejas Bamberg em garrafa, fizemos nosso primeiro envase na máquina nova de garrafas, é a mais moderna envasadora de microcervejarias no Brasil.

Primeira garrafa a sair da máquina.
Foi envasado hoje cerveja Pilsen e o resultado foi fantástico, nos próximos dias estaremos envasando cerveja Rauch, Vintage e uma especial de um amigo.

Convido a todos a degustarem as novas cervejas, saímos da era da pré-história para a modernidade. Não adianta eu ficar falando o melhor é experimentar.

Que alívio.....

Rauch quem????

Depois do último post, surgiu a dúvida, o que esta tal de Rauchbier?


No passado, tudo indica que quase a totalidade das cervejas eram marrons e com notas de defumado, algumas mais outras menos, isto devido ao processo de secagem do malte, que era com temperaturas relativamente altas e calor direto.

Porém, estas características não eram bem-vindas, e com o avanço da indústria, consegui-se secar maltes em temperaturas menores e com o calor indireto, daí chegamos aos maltes claros e sem a característica de defumado como temos hoje.





Com isso as cervejas claras dominaram o mundo, mas na região da Francônia algumas cervejarias continuaram a tradição e produzem cervejas defumadas ou como eles chamam Rauchbier, até hoje.

Elas são defumadas porque o malte passa pelo processo de defumagem igual a outros alimentos, ou seja, pela exposição à fumaça vinda de madeiras.

No caso dos maltes da região de Bamberg, utilizam-se madeiras das florestas próximas à cidade, a árvore é a Fagus sylvatica.

A percepção do defumado na cerveja varia de muito sutil a muito forte, com uma porcentagem de 20% a 100% de utilização do malte na fabricação da cerveja, o curioso é que a população da Francônia prefere mais a sutileza do defumado do que as cervejas mais carregadas, por outro lado, os turistas preferem as super defumadas, na cidade de Bamberg temos dois exemplos claros disso, a sutileza fica com a Spezial, já a força fica com a Schlenkerla a preferida dos turistas.

A percepção do defumado vai diminuindo de acordo com os goles, quanto mais bebemos, mais nos acostumamos com o sabor defumado e menos percebemos, por isso, se você se assustar com o primeiro gole, tente o próximo.

Normalmente possuem coloração marrom e corpo médio, o lúpulo é perceptível mas não muito forte.

Uma cerveja típica da Francônia, quando falamos em Rauchbier lembramos da cidade de Bamberg, porém, é uma cerveja que harmoniza perfeitamente com pratos típicos brasileiros, como, feijoada, churrasco, tutu a mineira, feijão tropeiro, carne seca, além dos pratos tradicionais alemão.

A temperatura ideal de bebê-la é de 6ºC a 10ºC.

Como surgiu a Bamberg Rauchbier

Não sei por que hoje deu vontade de contar para vocês a história de como foi que nós resolvemos fazer nossa Bamberg Rauchbier.

A primeira vez que tomei uma cerveja defumada foi a lendária Marzen da Schlenkerla, que Thiago trouxe para mim direto da cidade de Bamberg, foi difícil tomar a garrafa toda, achei muito defumada, porém o tempo foi passando, o paladar apurando, vieram outras cervejas defumadas que eu experimentei e passei a gostar muito do estilo.





Quando visitei Bamberg pela primeira vez, foi o tempo de chegar ao hotel, tomar banho e caminhar 2 km direto para o pub da Schlenkerla, nesta época já bebia cerveja defumada como se fosse água, nos dias seguintes visitamos todas as cervejarias da cidade e mais algumas da região, e como me sinto no dever de verificar a qualidade das cervejas da região, toda vez que vou para lá, sou obrigado a degustar todas novamente, profissionalmente, claro.

Porém, a cervejaria Bamberg não tinha este estilo no seu portifólio, e muitos turistas que vinham nos visitar estranhavam, uma cervejaria que leva o nome da cidade famosa por suas cervejas defumada não tinha a sua.

Numa noite regada a muita cerveja com nossos amigos da Weyermann, surgiu a idéia, vamos fazer a nossa rauch, porém precisamos dar alma para ela, não bastava apenas usarmos matérias-primas excelentes, a cerveja precisa ter algo mais e foi assim que surgiu a idéia de trazermos um mestre cervejeiro de lá para fazer a cerveja, o nome foi unânime, o mestre cervejeiro e bier somellier Stefan Grauvogl.

Foi então que no dia 06 de agosto de 2008 nós jogamos o primeiro saco de malte defumado dentro de nossa tina de mostura, em pouco tempo a cervejaria estava tomada no ar pelo aroma defumado, foi então que eu senti que esta era a cerveja que faltava para trazermos a cidade de Bamberg mais próxima de nós.


Desde então nas bateladas seguintes as receitas vieram mudando, sempre fazendo ajustes, mas uma característica que ela não perdeu foi o equilíbrio, nota-se o defumado nela, sem que este seja enjoativo, é uma cerveja muito complexa, mas conseguimos bebe-la com facilidade.
Hoje em dia as pessoas que vem nos visitar e muitas outras pelo Brasil, podem encontrar na cervejaria Bamberg a cerveja ícone da cidade de Bamberg.

IV Concurso Nacional de Cerveja Caseira das Acervas

Começando os trabalhos.
Neste final de semana aconteceu o IV Concurso Nacional de Cerveja Caseira das Acervas, esta edição ocorreu no Rio de Janeiro, foram quatro categorias, Bock, Witbier, American Brown Ale e estilo livre, no sábado dia 10 foi a fase eliminatória, que eu participei julgando as Bock, já no domingo dia 11 foi a final e julguei as American Brown Ale.

Foi o primeiro concurso realizado pelas Acervas em que houve o julgamento dividido em dois dias, eu considerei isto como o maior avanço do concurso, com isso nós jurados conseguimos nos manter concentrado e avaliar melhor todas as cervejas, além disso, o ambiente estava adequado, sem interferências de outros aromas, como, churrasco, cigarro, etc., e foram formados grupos menores nas mesas, o que favoreceu a avaliação.

O ponto que me preocupou foi a grande quantidade de cervejas fora do estilo, sendo que o caso mais grave foi na final da American Brown Ale, em minha opinião nenhuma finalista representava o estilo, talvez isto aconteceu pois não temos referencia desta cerveja no mercado nacional, além disso, parece que esta em falta lúpulo americano. Mas a lição que tiro disto é que o BJCP não é suficiente para fazer cerveja, precisa-se colocar alma no produto, mostrar aspectos culturais do estilo, cerveja é muito mais do que número e cálculos, temos que entender a história do estilo e o que temos hoje dele no mercado em que ele nasceu.

No geral temos que parabenizar as Acervas e neste ano, principalmente os cariocas, pois é nítido para nós o quanto eles trabalham para realizar este evento, o concurso evoluiu muito. Sempre que convidado podem contar comigo no júri.

Parabéns a Cooperativa Agrária

Nesta sexta-feira (02/10) participei da inauguração das novas instalações da Maltaria Agrária, durante o dia foi a seção solene e a noite a Festa da Cevada.


Devo contar um pouco de como eles começaram. A Cooperativa Agrária esta localizada no distrito de Entre Rios, que pertence a cidade de Guarapuava-PR, sua população é composta por Suábios do Danúbio e descendentes deles.

Os Suábios são povos que estão localizados, atualmente, no estado de Baden-Württemberg, na Alemanha, no século XVIII parte deles foram colonizar terras da região do Rio Danúbio e outras regiões da Europa, e com isso receberam a denominação de Suábios do Danúbio.

Durante e depois da Segunda Guerra, muitos suábios deixaram o sudeste da Europa, dirigindo-se à Áustria, onde viveram durante anos em abrigos para refugiados. A instituição filantrópica Ajuda Suíça para a Europa (Schweizer Hilfe) organizou um projeto para viabilizar uma alternativa de vida para um grupo de Suábios do Danúbio que se encontrava na Áustria: um total de 500 famílias se inscreveu na iniciativa, que visava a criação de uma cooperativa agrícola no Brasil como um caminho para um novo futuro. Assim nasceu a iniciativa que levaria à fundação da Cooperativa Agrária e à colonização dos campos de Entre Rios.

Eles chegaram no Brasil sem falar a nossa língua e prontos para plantar culturas de inverno. Foram formadas cinco colônias dispostas em círculos, e depois de muitos anos e muito trabalho eles se transformaram em modelo de cooperativa que deu certo, e deu muito certo, eles produzem soja, milho, trigo, cevada, aveia e suínos, possuem maltaria, moinho de trigo, fábrica de rações e fábrica de óleo de soja degomado e farelo de soja.

Com esta ampliação, eles se tornaram a maior maltaria da América Latina e estão entre as 10 maiores do mundo, toda a cultura Suábia foi preservada, as crianças aprendem primeiro a língua alemã, eles conversam entre si em alemão, e as placas na rua possuem as duas línguas, português e alemão.


Quanto a festa da cevada, foi muito boa, são servidos peixes assados inteiros, além claro de muito chope, estarei lá no ano que vem para desafiar o Alexander, este ano ele comeu 2,5 peixe, meu objetivo é chegar em 3 peixes, o Vilmar esta falando que já comeu 4 peixes, mas ninguém viu. São 2500 pessoas vindo de todas as regiões do Brasil, em cada um dos 3 dias de festa, vale a pena.

Nossos amigos Alexander e esposa.

Nossos amigos Vilmar e esposa.

Parabéns a todos da Agrária, é bom termos fornecedores que não vendem apenas produtos, mas sim, amizade, cooperativismo, cultura e parceria.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Reinheitsgebot

A Reinheitsgebot, ou simplesmente Lei de Pureza da Baviera, foi criada em 23 de abril de 1516 na cidade de Ingolstadt, pelo Duque Guilherme IV da Bavária.

O texto inicial dizia que a cerveja só poderia ser feita com água, cevada e lúpulo, na época não se conhecia a existência do fermento, apenas no séc. XIX foi que Louis Pasteur conseguiu observar microorganismos e então adicionou-se a lei a levedura.

Além dos ingredientes ela sugere o preço a ser vendida 1a 2 Pfennif (antiga moeda Alemã) por Mass (equivalente a um litro). É a lei de proteção ao consumidor mais antiga do mundo ainda em vigor.

Vale lembrar que antes da lei entrar em vigor a Bavária não tinha tradição em produzir boas cervejas, quem dominava a técnica era a região de Einbeck, no norte, porém, a lei forçou os Bávaros a trabalharem apenas com quatro ingredientes e com isso eles foram aprimorando a técnica e criando universidades e centros de pesquisas voltados para a cerveja, chegando até os dias atuais no povo que mais domina a técnica cervejeira no mundo.

Há quem diga que ela impede a criatividade, outros acham que ajuda, pois fazer tantas variedades de cervejas com apenas quatro ingredientes o cervejeiro tem que ser criativo, fala-se também na incoerência dela, por exemplo, pode-se utilizar PVPP, mas não é permitido utilizar ácidos pra regular o pH do mosto, por outro lado, eles alegam que tudo o que for colocado no processo de fabricação deve-se sair do produto antes de chegar ao consumidor.

Particularmente eu acho a Lei de Pureza excelente, sigo-a na integra aqui na Bamberg, acho que quem faz cerveja alemã e pilsen se seguir esta começando bem, mas para as belgas e inglesas não é necessário e algumas vezes pode até prejudicar o estilo.

É bom que fique claro que os ingredientes são apenas o inicio do processo, portanto, quem diz que a segue não necessariamente terá um produto final de excelente qualidade.

Acho que todo mundo concorda que no mínimo, ela evita os exageros no uso de adjuntos e produtos químicos, não vemos na Alemanha o fermentado de high maltose pronto em sete dias como vemos em outras partes do mundo.

Esse é o cara.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Festas do chope: Monteiro Lobato e Lar da Mônica

Chegou outubro e começa a temporada de festas do chope, este ano mais uma vez, quarto ano consecutivo, estaremos servindo chope na 11ª Oktoberfest do Lar Escola Monteiro Lobato, em Sorocaba, e na 6ª Noite Alemã do Lar da Mônica, em Piedade, além de serem as maiores e mais tradicionais festas em suas cidades, todo mundo que comprar o convite estará ajudando entidades que cuidam de muitas pessoas, ambas as festas serão no dia 17/10.

Os ingressos podem ser adquiridos pelos sites:

www.lardamonica.org.br/festaalema
http://www.monteirolobato.org.br/index

Gostaria de lembrar a todos que teremos muito chope em ambas as festas, portanto vão com espírito de diversão e de forma alguma vá com o seu carro, pois todos sabem do risco em beber e dirigir.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A Receita

Quantas vezes ao ler o blog do Edu Passarelli, nós tentamos reproduzir as receitas de seus pratos?


Porém, muitas vezes, mesmo com a receita e o modo de fazer, o resultado final nem passa perto do que foi o original.

Com cervejas não podia ser diferente, na internet é comum encontrarmos diversas receitas, algumas tentando clonar mitos cervejeiros, temos até livros só com receitas de cervejas, cervejeiros caseiros tem o hábito de publicarem suas receitas (o que eu acho muito legal), no blog do Botto achamos raridades cervejeiras, como a Thor, por exemplo, pra quem quiser aventurar-se em copiá-la.


Mas a receita decide o jogo? O que é interessante, copiar uma receita ou ter o prazer de fazer e beber a sua receita?

Quem tem uma pequena noção na arte de fazer o pão líquido já é capaz de notar que é impossível clonar cerveja, a receita é apenas o começo de tudo, nós precisamos saber escolher as matérias-primas, manusear a sala de brassagem, ter bons procedimentos de higiene e o que é mais difícil de controlar são os sensores da microcervejaria, isto é, os olhos, boca, nariz e ouvido do cervejeiro.

Além do mais, quem decide por ter uma microcervejaria e fazer cerveja o mínimo que esperamos são novidades, criatividade e personalidade nos produtos oferecidos, que graça tem copiar uma receita de outra cervejaria?

Vamos tentar cada vez mais trazer cervejas diferentes para os brasileiros, o máximo de estilos possíveis, seja resgatando a tradição, através dos clássicos, ou buscando a inovação utilizando novos ingredientes.
Com uma boa receita você tem chance de fazer uma boa cerveja, mas com uma receita ruim é impossível de fazer uma boa cerveja.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Chope Rauch no Kebabel

Fico muito contente em anunciar nosso primeiro ponto a vender chope Rauch, não poderia ser diferente, um lugar ousado e único, melhor ainda, onde o pessoal de lá, Pedro, Carol, Izabel, são nossos amigos.

Kebabel surgiu da tendência que se espalha, dos kebabs; lanches práticos, rápidos, saudáveis e, é claro, muito saboroso. O Kebabel mistura um pouco de bar com o kebab de rua e esta é especial, Rua Augusta, daí surgiu o trocadilho com Babel, pois a rua Augusta reúne muitas tribos diferentes, todo tipo de gente convive em harmonia.

Porção de Falafel
Todas as receitas são desenvolvidas por um chef libanês e todos os pratos são bastante temperados.

Como não bastassem os pratos eles vêm investindo muito na carta de cervejas, já podem ser considerados mais um dos bares e restaurantes que fazem parte do circuito paulistano das boas cervejas.

Além do chope Rauch, outra inovação deles é o Bamberg Pilsen sem filtrar, dois estilos de chopes que ou você toma no Kebabel ou vem buscar aqui na cervejaria em Votorantim.

Portanto, este final de semana visite o Kebabel que você não vai se arrepender, tanto pelas comidas como pelo chope, detalhe, chegue cedo porque lá lota.



quinta-feira, 3 de setembro de 2009

É tempo de Weizenbier



Entramos no mês de setembro e o clima já parece com o verão, céu aberto e muito calor, não vejo melhor época do que esta para beber weizenbier, só ela pra nos refrescar no final do dia, ou se você preferir o dia todo.

Desde o começo da história da cerveja os povos utilizam o trigo, além da cevada, claro, para fazer cerveja, porém logo este cereal foi destinado a produção de pães e a cevada para a da bebida.
Muitos anos atrás, na Bavária, apenas os nobres tinham o direito de usar o trigo para fazer cerveja, mas como o grande consumo da bebida era pela população “comum” e eles consumiam a cerveja de cevada, a weizenbier tinha pouca expressão, estava quase sumindo do mapa.

Em 1872 George I Schneider teve o direito de produzir cerveja de trigo, ele foi o primeiro não nobre a ter este direito, no começo sua fábrica era em Munich e atualmente, após 8 gerações a produção esta na pequena cidade de Kelheim.

Depois da liberação do direito em produzir weizen bier a venda da cerveja só aumentou, hoje ela é o segundo estilo de cerveja mais bebido na Bavária, e certamente, um dos mais bebidos no mundo todo.

Em alguns rótulos vemos o nome Weiss, que significa claro em alemão, isto porque na época as cervejas fabricadas com cevada eram marrons, devido a fatores tecnológicos do processo de malteação e à água de Munich, já a cerveja de trigo era mais clara que a de cevada, por isso desta nomenclatura, outro nome também encontrado é o Weizen, que significa trigo em alemão, ambos os nomes são utilizados na Alemanha.

A Weizen bier fabricada na Bavária possui características inconfundíveis, aromas e sabores de banana e cravo, provenientes da cepa adequada de fermento, além do cítrico no retro-gosto, também possuem alta carbonatação, normalmente são refermentadas na garrafa e por isso não são pasteurizadas.
Para a Bamberg sempre foi fundamental manter estas características tradicionais da cerveja de trigo, para isto, nosso malte vem da cidade de Bamberg, nosso lúpulo da região da Bavária e nosso fermento foi especialmente selecionado de uma pequena cervejaria alemã e chega em Votorantim de avião, refrigerado e em 3 dias, tudo isto para que tenhamos os aromas, sabores e a refrescância da Bamberg Weizen iguais aos das cervejas bávaras, tudo isto da muito trabalho e é caro, mas vale a pena.


Wesswurst e Brezel


Harmoniza com pratos leves, saladas, peixes, frutos do mar, culinária japoneza, porém culturalmente esta cerveja é consumida na Bavária com a salsicha branca (weisswurst) e Pretzel (Brezel), algumas vezes por volta das 9:00h da manhã.

Temperatura ideal de consumo entre 4ºC e 6ºC.

Vamos ao que interessa, onde você pode beber o chope Bamberg Weizen?
Todos estão dentro da cidade de São Paulo, e pra quem gosta de cerveja já são velhos conhecidos.

Empório Alto dos Pinheiros: http://www.altodospinheiros.com.br/








quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Visita a Brauerei Wagner - Merkendorf

A cervejaria Wagner esta localizada na vila de Merkendorf, a 10 km de Bamberg. A vila possui três mil habitantes e para suprir a sede deles duas cervejarias.

A cervejaria Wagner vende suas cervejas num raio de 30, estão totalmente envolvidos com a comunidade, se preocupam com o bem-estar de todos e promovem eventos na vila.

Tive a honra de acompanhar um dia do cozimento da weizenbier, é muito interessante ver como a cervejaria trabalha com tradição e modernidade.

O que eles tem em tecnologia:
- Uma sala de brassagem totalmente automatizada,
- Tratamento de água com trocador iônico,
- Aparelho que diminui a pressão e por isso o mosto não precisa ferver, evaporando a baixas temperaturas,
- Moinho de seis rolos.

Por outro lado o que é tradição:
- O método de cozimento é a dupla decocção, muito tradicional e antigo,
- Fermentação aberta em todos os estilos de cerveja,
- Na weizen refermentação na garrafa,
- Trabalham com barris de madeira,
- O prédio muito antigo, nada foi mudado.

Fermentação aberta
Onde a cervejaria precisa de tecnologia eles tem, mas onde a tradição é fundamental tudo foi mantido como no inicio, com isto eles fazem uma weizen fantástica, um estilo que cada vez mais todas as cervejas estão ficando muito próximas, mas a deles tem personalidade, aroma, sabor, corpo e resfrescância, características de uma boa weizen.

Experimentando estas weizen de pequenas cervejarias do interior da Francônia é que nos damos conta do quanto este estilo de cerveja pode ser rico e complexo, cada cervejaria tem a sua personalidade, buscam a diferença, só mesmo os pequenos produtores que podem ter o privilégio de fazer o diferente.


Foi um dia muito legal, aprendi muito sobre cerveja e cultura cervejeira e o pessoal da cervejaria nos recebeu com uma simpatia fantástica, prepararam um típico almoço da Francônia para nós, com muita cerveja para ajudar a digestão.

domingo, 23 de agosto de 2009

I Quick Fest na Cervejaria Bamberg

Neste sábado (22/08) aconteceu o Primeiro Quick Fest na Bamberg, A Pizzaria Quick, localizada na Av. Mal. Juarez Távora, 22, Super Quadra Morumbi, SP, literalmente trouxe a pizzaria e seus convidados aqui dentro da cervejaria, nós entramos com os chopes e claro, nossos convidados, no total tivemos 98 pessoas, vindos de São Paulo, Sorocaba, Campinas, Votorantim e Laranjal Paulista.



Chegada da turma de SP


Foram servidos antepastos, crostini, pães de calabresa e escarola, 12 tipos de pizzas salgadas e doces, e para matar a sede cinco estilos de chope.


Foi uma tarde fantástica, comendo e bebendo do melhor e o principal, conversando com os amigos, todo mundo se divertiu muito. O evento aconteceu no piso industrial, todo mundo pode ficar bem perto da produção.

Nada disso teria sido possível se não fosse a competência da equipe da Quick, trabalharam duro das 8:00h até as 17:00h, tudo saiu perfeito.








terça-feira, 18 de agosto de 2009

A cerveja da Francônia

Na Francônia podemos dizer que eles possuem um estilo de cerveja próprio, a Ungespundbier, esta cerveja pode ser bebida em quase todas as cervejarias e seus pubs, algumas vezes também chamada de Kellerbier.

Ungespund significa que a cerveja não foi pressurizada enquanto estava no tanque, por isso ela possui apenas a carbonatação natural que incorporou ao líquido durante a fermentação, enquanto uma cerveja normal possui em torno de 0,5 g/L ela possui apenas 0,3 g/L; se a cervejaria seguir a tradição matura em barris de madeira, porém como é feito um tratamento na parede interna do barril, este não confere gosto de madeira à cerveja, são servidas no próprio barril sem pressurizá-lo com gás carbônico, apenas pela gravidade.




Visual: A cerveja possui uma coloração âmbar, e com espuma consistente, apesar da baixa carbonatação.
Aroma: o malte é marcante, porém é um dos poucos estilos alemães que possui boa presença de lúpulo aromático, normalmente floral.
Sabor: mais uma vez é nítido a presença de malte munich, viena e caramunich, depende da marca, o amargor é marcante, eu chutaria por volta de 30IBU, o necessário para equilibrar a doçura do malte.
Sensação na boca: Corpo médio e carbonatação baixa, claro.

Este estilo de cerveja demonstra como é possível fazer uma cerveja fácil de beber e muito complexa nos aromas e sabores.

Conversando com alguns mestres cervejeiros da região eles me disseram que a Ungespundbier não é a cerveja que mais vende nos pubs, ela perde para a Pilsen e algumas vezes para a Weizen também.

Acho que a lição maior dela é o quanto a Francônia protege suas cervejas, a ponto de manter uma tradição e levar a diante um processo de fabricação, que ao longo dos anos, tornou-se um estilo de cerveja. É assim que surgem os estilos, partem sempre dos cervejeiros que representam uma determinada região e seus processos de fabricação.

Típico Bier Garten